quarta-feira, 25 de julho de 2012

Brasil - Colonia - 2º Ano do E.M.


BRASIL COLÔNIA



De 1500 a 1640



I. O Achamento de Vera Cruz



Aos 22 de abril de 1500 aportou na Bahia a esquadra de Pe-dro Álvares Cabral. Sua passagem, a caminho de Calicut (Índia), marcou o pioneirismo português nas Grandes Navegações dos séculos XV / XVI. Na época, a ascensão econômica da burguesia mercantil permitiu um sonho: o domínio do comércio das especiarias orientais. Aliados aos burgueses, os jovens Estados Nacionais promoveram a Expansão Marítima Européia.

Conseqüentemente, o Atlântico tornou-se a principal rota comercial do planeta e os descobrimentos de novas terras abriram a era das colonizações. Estava nascendo a prática do Mercantilismo, conduzida pelos reis absolutistas.

Esta política econômica instaurou os monopólios comerci-ais, sobretudo nas relações entre as metrópoles e suas colônias. Através dos Pactos Coloniais, buscava-se sempre o saldo positivo na balança comercial, o que possibilitou uma formidável acumulação de capitais nos países colonizadores.

Estes fatos sugerem uma questão: Cabral teria vindo até a América sem querer? Os pesquisadores lembram que a Carta de Pero Vaz de Caminha se refere à “Ilha de Vera Cruz”. Mas dizem também que havia uma Política de Sigilo (ordem de esconder as descobertas importantes). Em 1494, o Tratado de Tordesilhas havia dividido o mundo zentre Portugal e Espanha. Mas quem confiava em tratados? O importante mesmo era ocupar as novas terras.



II. A Colonização Mercantilista



Nos primeiros trinta anos do século XVI, Portugal enviou apenas expedições de patrulha e extração do pau-brasil. A montagem do Sistema Colonial foi iniciada com a chegada de Martim Afonso de Sousa, fundador da Vila de São Vicente, em 1532.

O açúcar foi escolhido como atividade principal, pois ampliava-se o mercado consumidor europeu, os lusos já o produziam nas ilhas atlânticas e o Brasil tinha o clima e o solo adequados. Além disso, os burgueses flamengos (futuros holandeses) financiaram os primeiros grandes engenhos.

O sistema agrário implantado era de grandes propriedades monocultoras e exportadoras. Movido pelo trabalho escravo, foi depois chamado de Plantation. O tráfico de africanos, aliás, rendeu altos lucros aos mercantilistas portugueses. Por tudo isso, o investimento inicial foi bastante alto.

A sociedade nos engenhos era rigidamente estratificada. A aristocracia rural, proprietária de terras e de escravos, dava-lhe um caráter patriarcal e concentrava altas rendas. Na base: os escravos negros, os mestiços e brancos pobres. E a política era dominada pelo Governador Geral, a quem se submetiam os Donatários e Governadores das Capitanias. As Câmaras Municipais governavam as vilas e seus membros eram eleitos pelo voto censitário, ou seja, pelo limite de renda que somente os chamados “Homens Bons” possuíam.



III. Invasões Estrangeiras e Novas Fronteiras



Entre 1580 e 1640, o Brasil esteve sob domínio da União Ibérica. Morto D. Sebastião, em Alcácer Quibir (África), seu primo espanhol, D. Felipe II de Habsburgo, assumiu o trono. A Espanha lutava com ingleses, franceses e holandeses pelo domínio da Europa. Por isso, o Brasil tornou-se alvo daquelas nações.

As Invasões Holandesas foram as mais importantes. Os navios da Companhia das Índias Ocidentais (WIC) atacaram a Bahia (1624), e Pernambuco (1630). Seu objetivo: restaurar o comércio do açúcar com a Holanda, proibido pelos espanhóis.

Ao Nordeste Holandês foi enviado o Príncipe Maurício de Nassau, com sua política de reconstrução dos engenhos danificados pelas lutas. A Restauração Portuguesa de 1640 quebrou o domínio espanhol e a Guerra de Independência da Holanda prosseguiu. Nassau foi substituído. A política holandesa de arrocho provocou a Insurreição Pernambucana de 1645. E os holandeses foram expulsos em 1654, após as Batalhas de Guararapes.

A principal consequência da Guerra do Açúcar foi o declínio da economia canavieira. Os holandeses foram produzir nas Antilhas. Mas a pecuária havia ocupado os sertões nordestinos e os fortes construídos na costa norte haviam gerado povoamento. Esta Expansão Oficial (militar) levou à criação, em 1621, do Estado do Maranhão, a Amazônia separada do Brasil.







De 1640 a 1798



IV. Bandeiras e Jesuítas



A expansão territorial do Brasil deveu-se em especial às bandeiras montadas pelos paulistas, nos séculos XVII e XVIII. A Capitania de São Vicente vivia isolada do pólo açucareiro nordestino e sua economia de subsistência não assegurava o enraizamento da população pobre.

As bandeiras de apresamento predominaram na 1ª metade do século XVII. Os holandeses conquistaram a África ocidental portuguesa e embargaram o tráfico negreiro para a Bahia.

Por isso, grandes bandeiras se dirigiram ao Sul e atacaram as missões jesuíticas, capturando os índios, para depois vendê-los. Nas missões, os jesuítas se utilizavam dos índios catequisados como mão-de-obra nas atividades pecuárias, extrativistas,etc. A Companhia de Jesus policiava a sociedade e combatia a expansão do Protestantismo. Os ataques paulistas os expulsaram do sul.

As bandeiras de prospecção foram montadas sobretudo na metade final do século XVII e visavam à descoberta de metais preciosos. Com efeito, na última década foi descoberto ouro nas Serras Gerais. A interiorização do povoamento deu origem, então, às capitanias de Minas, Mato Grosso e Goiás.

E as bandeiras de contrato visavam à destruição de Qui-lombos. Nesse campo, destacou-se Domingos Jorge Velho na luta contra Zumbi dos Palmares.



V. O Século do Ouro



A mineração viabilizou o início do povoamento do interior da Colônia. Com baixos investimentos iniciais foi possível montar as primeiras faiscações (pequenas propriedades) de ouro. Depois viriam as grandes lavras de ouro e as Casas de Fundição, subordinadas às Intendências das Minas. A estas cabia a arrecadação de impostos, como, principalmente, o quinto e a capitação.

O Brasil passou por sensíveis transformações em função da mineração. Um novo pólo econômico cresceu no Sudeste, rela-ções comerciais inter-regionais se desenvolveram, criando um mercado interno e fazendo surgir uma vida social essencialmente urbana. A camada média, composta por padres, burocratas, artesãos, militares, mascates e faisqueiros, ocupou espaço na sociedade. Contraposta à sociedade açucareira, a mineradora apresentou maior mobilidade social com o crescimento do trabalho livre.

No plano político, o início da mineração acompanhou o sentimento nativista expresso na Revolta de Vila Rica, em 1720, liderada por Felipe dos Santos. No apogeu do ouro, Portugal viveu a Era Pombalina (1750-77). O Marquês de Pombal, ministro do déspota esclarecido D. José, expulsou os jesuítas do Reino, eliminou as Capitanias Hereditárias e mudou a capital para o Rio de Janeiro (1763). O declínio do ouro acompanhou a explosão da arte barroca mineira e as conspirações pela Independência.



VI. Conjurações Pela Liberdade



No dia 21 de abril de 1792, um certo Tiradentes foi enfor-cado e esquartejado no Rio de Janeiro, condenado por traição à Rainha Maria I . Era o alferes Joaquim José da Silva Xavier, um dos conjurados da Inconfidência Mineira de 1789. Na 2ª metade do século XVIII, a produção de ouro caiu rapidamente. Os impostos tornaram-se pesados e Portugal ameaçava cobrar os atrasados com a violência da derrama.

Na mesma época, a Europa vivia as turbulências da Revolução Industrial. O Iluminismo e o Liberalismo combatiam o Absolutismo e o Mercantilismo do “Antigo Regime”. O domínio luso tinha os dias contados.

A Conjura Mineira de 1789 foi o primeiro movimento, no Brasil, a defender a Independência. Embora republicana, a lide-rança aristocrática não admitia abolir a escravidão. Antes, as Rebeliões Nativistas (Amador Bueno-SP, Beckman-MA, dos Em-boabas-MG e dos Mascates-PE) não propuseram a idéia de nação em luta contra a exploração da metrópole.

Já a Conjuração Baiana de 1798, ou Revolta dos Alfaiates, apresentou um caráter mais progressista, ao incluir o ideário abolicionista e republicano nos objetivos da Independência. Violentamente reprimida, a conspiração teve quatro líderes executados em Salvador. Mas a Independência se aproximava.

Grécia Antiga - 1º Ano do E.M.


A Grécia Antiga

Nosso mundo de hoje tem muito a ver com os gregos antigos. Herdamos dos gregos, por exemplo, os conceitos de cidadania e democracia. Eles foram os criadores dos jogos olímpicos, da filosofia, dos fundamentos da ciência e do teatro. Dos povos da Antiguidade, foram os gregos que tiveram maior influência na formação da civilização ocidental.
A Grécia localiza-se na península Balcânica é formada por regiões montanhosas, de relevo acidentado, o que influenciou política e economicamente a vida dos antigos gregos. A sua posição geográfica favoreceu a ligação entre a Europa e o Oriente Próximo. As poucas planícies férteis dificultaram o desenvolvimento da agricultura, porém, o litoral recortado e extenso facilitou o desenvolvimento do comércio marítimo.
A península Balcânica era habitada por grupos de pastores seminômades, os pelágios ou pelasgos. Por volta do ano 2000 a.C., começou a ser ocupada por povos indo-europeus, vindos das planícies euro-asiáticas. Os primeiros foram os aqueus, depois os jônios, os eólios e dórios.

  Período Homérico (século XII ao VII a.C.)

Este período é estudado principalmente com base em duas fontes escritas, a Ilíada e a Odisséia, poemas atribuídos a Homero que contam a Guerra de Tróia e o regresso do herói Odisseu (Ulisses) à Grécia. Estas obras descrevem relatos verídicos e imaginários, que geram uma constante pesquisa para separar a ficção do fato, sem comprometer o valor simbólico das obras.
No período homérico, a sociedade grega estava dividida em genos. Os genos eram uma espécie de clã familiar, cujos membros descendiam de um antepassado em comum, e que cultivavam um deus protetor.
Cada geno era chefiado por um patriarca (o pater; membro mais velho do grupo), que concentrava o poder militar, político, religioso e jurídico.
A economia no genos era agrícola e pastoril, autossuficiente, ou seja, toda a família morava em uma grande propriedade e a terra era explorada coletivamente.
No final do Período Homérico, o crescimento populacional, a falta de terras produtivas e consequentemente de alimentos gerou conflitos violentos no interior dos genos. Decidiram dividir as terras conforme o grau de parentesco, ou seja, quanto mais próximo do patriarca, maior e melhor era a herança territorial. Os mais afastados ficaram sem terras, trabalhando como escravos, no artesanato ou na terra para os grandes proprietários. Surge então, a propriedade privada e a sociedade de classes na Grécia.

Período Arcaico (século VIII ao VI a.C.)

  O surgimento da pólis: com a desagregação dos genos, começaram a se formar as cidades-estados (as pólis). Os genos uniram-se, formando as frátrias, que se agruparam dando origem às tribos.
 Em geral, as cidades-estados eram construídas nos lugares mais altos da região, tendo em seu centro a Acrópole, refúgio e santuário rodeado de muralhas.

Acrópole

  Sua economia era autossuficiente e cada cidade-estado era governada por um rei, o basileus, auxiliado por um conselho formado por representantes da aristocracia e uma assembleia popular composta pelos cidadãos, aqueles que tinham direitos políticos.
  As principais cidades-estados foram Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, Argos, Olímpia, Mégara e Mileto.
  Apesar da autonomia das polis, as cidades gregas mantinham certa unidade, baseada na língua, na religião e nas festas esportivas. Dentre as festas esportivas, destacam-se as Olimpíadas, realizadas a cada quatro anos, sendo proibidas as guerras entre as pólis durante sua realização, como homenagem ao deus Zeus.

  Colonização Grega

  A concentração do poder territorial nas mãos de poucos e a desigualdade social fez com que milhares de gregos, durante os séculos VII e VI a.C., fundassem colônias nas costas dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro.
  Embora, as colônias gregas fossem independentes de suas cidades-estados de origem, mantinham com elas ligações comerciais e religiosas.
  As principais colônias eram Bizâncio, Tarento, Síbaris, Crotona, Nápoles, Cuma, Siracusa, Agrigento, Nice, Marselha e Málaga.

Período Clássico (século VI ao IV a.C.)

 Foi um período de grandes transformações, economicamente e culturalmente. Porém, de prolongadas guerras, como as Guerras Médicas (492-479 a.C.), e a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).
  Guerras Médicas (ou greco-persas): o rei persa Dario e depois seu filho Xerxes tentaram conquistar as cidades gregas, mas enfrentaram dura resistência, sendo derrotados. Principais batalhas: Maratona (490 a.C.), Salamina (480 a.C.) e Platéia (479 a.C.).
Por causa do seu destaque na guerra contra os persas, Atenas tornou-se a mais importante cidade grega. Fundou a Liga de Delos, para proteger a Grécia contra possíveis ataques externos. Com o tempo, transformou-se no centro de um grande império comercial e marítimo. Muitas cidades começaram a se revoltar contra o imperialismo ateniense, entre elas a líder Esparta.
  Guerra do Peloponeso: a luta entre Esparta e Atenas foi causada por diferenças de regime político, de economia, de tipo de força militar e de cultura.
  Esparta fundou a Liga do Peloponeso e liderou um conjunto de cidades contra o domínio de Atenas. Depois de 27 anos de luta, Atenas foi derrotada e submeteu-se a Esparta. A vitória de Esparta significou a manutenção da fragmentação política da Grécia, e o domínio dessa cidade sobre o mundo grego por 30 anos.
  Sob a liderança de Tebas, diversas cidades gregas revoltaram-se contra Esparta. Depois de vencer os espartanos, Tebas manteve a hegemonia entre os gregos de 371 a 362 a.C.

Período Helenístico (século IV ao I a.C.)

  Aproveitando a decadência dos gregos, o rei Filipe da Macedônia conquistou a Grécia, na Batalha de Queronéia (338 a.C.).
  Com a morte de Filipe, seu filho Alexandre assumiu o trono e deu prosseguimento à expansão militar dos macedônios.
  Com a fusão entre a cultura oriental e a cultura grega, provocada pela política expansionista de Alexandre Magno, duas importantes filosofias surgiram nesta época: o estoicismo de Zenon, que pregava a resignação do homem frente a seu destino e a igualdade entre os seres humanos.
  A outra corrente filosófica era o epicurismo, que valorizava o prazer intelectual e a serenidade da alma, estado que o homem atingia ao perder o medo do sobrenatural.
  A ciência desenvolveu-se na astronomia, matemática e medicina.

·         Aristarco de Samos deduziu que a Terra e os outros planetas giram em torno do Sol.
·         Hiparco elaborou o mapa do céu mais perfeito da Antigüidade.
·         Euclides avançou na geometria.
·         Arquimedes foi um notável matemático.
·         Herófilo dissecava cadáveres e elaborou uma descrição minuciosa do cérebro.