quarta-feira, 25 de julho de 2012

Brasil - Colonia - 2º Ano do E.M.


BRASIL COLÔNIA



De 1500 a 1640



I. O Achamento de Vera Cruz



Aos 22 de abril de 1500 aportou na Bahia a esquadra de Pe-dro Álvares Cabral. Sua passagem, a caminho de Calicut (Índia), marcou o pioneirismo português nas Grandes Navegações dos séculos XV / XVI. Na época, a ascensão econômica da burguesia mercantil permitiu um sonho: o domínio do comércio das especiarias orientais. Aliados aos burgueses, os jovens Estados Nacionais promoveram a Expansão Marítima Européia.

Conseqüentemente, o Atlântico tornou-se a principal rota comercial do planeta e os descobrimentos de novas terras abriram a era das colonizações. Estava nascendo a prática do Mercantilismo, conduzida pelos reis absolutistas.

Esta política econômica instaurou os monopólios comerci-ais, sobretudo nas relações entre as metrópoles e suas colônias. Através dos Pactos Coloniais, buscava-se sempre o saldo positivo na balança comercial, o que possibilitou uma formidável acumulação de capitais nos países colonizadores.

Estes fatos sugerem uma questão: Cabral teria vindo até a América sem querer? Os pesquisadores lembram que a Carta de Pero Vaz de Caminha se refere à “Ilha de Vera Cruz”. Mas dizem também que havia uma Política de Sigilo (ordem de esconder as descobertas importantes). Em 1494, o Tratado de Tordesilhas havia dividido o mundo zentre Portugal e Espanha. Mas quem confiava em tratados? O importante mesmo era ocupar as novas terras.



II. A Colonização Mercantilista



Nos primeiros trinta anos do século XVI, Portugal enviou apenas expedições de patrulha e extração do pau-brasil. A montagem do Sistema Colonial foi iniciada com a chegada de Martim Afonso de Sousa, fundador da Vila de São Vicente, em 1532.

O açúcar foi escolhido como atividade principal, pois ampliava-se o mercado consumidor europeu, os lusos já o produziam nas ilhas atlânticas e o Brasil tinha o clima e o solo adequados. Além disso, os burgueses flamengos (futuros holandeses) financiaram os primeiros grandes engenhos.

O sistema agrário implantado era de grandes propriedades monocultoras e exportadoras. Movido pelo trabalho escravo, foi depois chamado de Plantation. O tráfico de africanos, aliás, rendeu altos lucros aos mercantilistas portugueses. Por tudo isso, o investimento inicial foi bastante alto.

A sociedade nos engenhos era rigidamente estratificada. A aristocracia rural, proprietária de terras e de escravos, dava-lhe um caráter patriarcal e concentrava altas rendas. Na base: os escravos negros, os mestiços e brancos pobres. E a política era dominada pelo Governador Geral, a quem se submetiam os Donatários e Governadores das Capitanias. As Câmaras Municipais governavam as vilas e seus membros eram eleitos pelo voto censitário, ou seja, pelo limite de renda que somente os chamados “Homens Bons” possuíam.



III. Invasões Estrangeiras e Novas Fronteiras



Entre 1580 e 1640, o Brasil esteve sob domínio da União Ibérica. Morto D. Sebastião, em Alcácer Quibir (África), seu primo espanhol, D. Felipe II de Habsburgo, assumiu o trono. A Espanha lutava com ingleses, franceses e holandeses pelo domínio da Europa. Por isso, o Brasil tornou-se alvo daquelas nações.

As Invasões Holandesas foram as mais importantes. Os navios da Companhia das Índias Ocidentais (WIC) atacaram a Bahia (1624), e Pernambuco (1630). Seu objetivo: restaurar o comércio do açúcar com a Holanda, proibido pelos espanhóis.

Ao Nordeste Holandês foi enviado o Príncipe Maurício de Nassau, com sua política de reconstrução dos engenhos danificados pelas lutas. A Restauração Portuguesa de 1640 quebrou o domínio espanhol e a Guerra de Independência da Holanda prosseguiu. Nassau foi substituído. A política holandesa de arrocho provocou a Insurreição Pernambucana de 1645. E os holandeses foram expulsos em 1654, após as Batalhas de Guararapes.

A principal consequência da Guerra do Açúcar foi o declínio da economia canavieira. Os holandeses foram produzir nas Antilhas. Mas a pecuária havia ocupado os sertões nordestinos e os fortes construídos na costa norte haviam gerado povoamento. Esta Expansão Oficial (militar) levou à criação, em 1621, do Estado do Maranhão, a Amazônia separada do Brasil.







De 1640 a 1798



IV. Bandeiras e Jesuítas



A expansão territorial do Brasil deveu-se em especial às bandeiras montadas pelos paulistas, nos séculos XVII e XVIII. A Capitania de São Vicente vivia isolada do pólo açucareiro nordestino e sua economia de subsistência não assegurava o enraizamento da população pobre.

As bandeiras de apresamento predominaram na 1ª metade do século XVII. Os holandeses conquistaram a África ocidental portuguesa e embargaram o tráfico negreiro para a Bahia.

Por isso, grandes bandeiras se dirigiram ao Sul e atacaram as missões jesuíticas, capturando os índios, para depois vendê-los. Nas missões, os jesuítas se utilizavam dos índios catequisados como mão-de-obra nas atividades pecuárias, extrativistas,etc. A Companhia de Jesus policiava a sociedade e combatia a expansão do Protestantismo. Os ataques paulistas os expulsaram do sul.

As bandeiras de prospecção foram montadas sobretudo na metade final do século XVII e visavam à descoberta de metais preciosos. Com efeito, na última década foi descoberto ouro nas Serras Gerais. A interiorização do povoamento deu origem, então, às capitanias de Minas, Mato Grosso e Goiás.

E as bandeiras de contrato visavam à destruição de Qui-lombos. Nesse campo, destacou-se Domingos Jorge Velho na luta contra Zumbi dos Palmares.



V. O Século do Ouro



A mineração viabilizou o início do povoamento do interior da Colônia. Com baixos investimentos iniciais foi possível montar as primeiras faiscações (pequenas propriedades) de ouro. Depois viriam as grandes lavras de ouro e as Casas de Fundição, subordinadas às Intendências das Minas. A estas cabia a arrecadação de impostos, como, principalmente, o quinto e a capitação.

O Brasil passou por sensíveis transformações em função da mineração. Um novo pólo econômico cresceu no Sudeste, rela-ções comerciais inter-regionais se desenvolveram, criando um mercado interno e fazendo surgir uma vida social essencialmente urbana. A camada média, composta por padres, burocratas, artesãos, militares, mascates e faisqueiros, ocupou espaço na sociedade. Contraposta à sociedade açucareira, a mineradora apresentou maior mobilidade social com o crescimento do trabalho livre.

No plano político, o início da mineração acompanhou o sentimento nativista expresso na Revolta de Vila Rica, em 1720, liderada por Felipe dos Santos. No apogeu do ouro, Portugal viveu a Era Pombalina (1750-77). O Marquês de Pombal, ministro do déspota esclarecido D. José, expulsou os jesuítas do Reino, eliminou as Capitanias Hereditárias e mudou a capital para o Rio de Janeiro (1763). O declínio do ouro acompanhou a explosão da arte barroca mineira e as conspirações pela Independência.



VI. Conjurações Pela Liberdade



No dia 21 de abril de 1792, um certo Tiradentes foi enfor-cado e esquartejado no Rio de Janeiro, condenado por traição à Rainha Maria I . Era o alferes Joaquim José da Silva Xavier, um dos conjurados da Inconfidência Mineira de 1789. Na 2ª metade do século XVIII, a produção de ouro caiu rapidamente. Os impostos tornaram-se pesados e Portugal ameaçava cobrar os atrasados com a violência da derrama.

Na mesma época, a Europa vivia as turbulências da Revolução Industrial. O Iluminismo e o Liberalismo combatiam o Absolutismo e o Mercantilismo do “Antigo Regime”. O domínio luso tinha os dias contados.

A Conjura Mineira de 1789 foi o primeiro movimento, no Brasil, a defender a Independência. Embora republicana, a lide-rança aristocrática não admitia abolir a escravidão. Antes, as Rebeliões Nativistas (Amador Bueno-SP, Beckman-MA, dos Em-boabas-MG e dos Mascates-PE) não propuseram a idéia de nação em luta contra a exploração da metrópole.

Já a Conjuração Baiana de 1798, ou Revolta dos Alfaiates, apresentou um caráter mais progressista, ao incluir o ideário abolicionista e republicano nos objetivos da Independência. Violentamente reprimida, a conspiração teve quatro líderes executados em Salvador. Mas a Independência se aproximava.

Grécia Antiga - 1º Ano do E.M.


A Grécia Antiga

Nosso mundo de hoje tem muito a ver com os gregos antigos. Herdamos dos gregos, por exemplo, os conceitos de cidadania e democracia. Eles foram os criadores dos jogos olímpicos, da filosofia, dos fundamentos da ciência e do teatro. Dos povos da Antiguidade, foram os gregos que tiveram maior influência na formação da civilização ocidental.
A Grécia localiza-se na península Balcânica é formada por regiões montanhosas, de relevo acidentado, o que influenciou política e economicamente a vida dos antigos gregos. A sua posição geográfica favoreceu a ligação entre a Europa e o Oriente Próximo. As poucas planícies férteis dificultaram o desenvolvimento da agricultura, porém, o litoral recortado e extenso facilitou o desenvolvimento do comércio marítimo.
A península Balcânica era habitada por grupos de pastores seminômades, os pelágios ou pelasgos. Por volta do ano 2000 a.C., começou a ser ocupada por povos indo-europeus, vindos das planícies euro-asiáticas. Os primeiros foram os aqueus, depois os jônios, os eólios e dórios.

  Período Homérico (século XII ao VII a.C.)

Este período é estudado principalmente com base em duas fontes escritas, a Ilíada e a Odisséia, poemas atribuídos a Homero que contam a Guerra de Tróia e o regresso do herói Odisseu (Ulisses) à Grécia. Estas obras descrevem relatos verídicos e imaginários, que geram uma constante pesquisa para separar a ficção do fato, sem comprometer o valor simbólico das obras.
No período homérico, a sociedade grega estava dividida em genos. Os genos eram uma espécie de clã familiar, cujos membros descendiam de um antepassado em comum, e que cultivavam um deus protetor.
Cada geno era chefiado por um patriarca (o pater; membro mais velho do grupo), que concentrava o poder militar, político, religioso e jurídico.
A economia no genos era agrícola e pastoril, autossuficiente, ou seja, toda a família morava em uma grande propriedade e a terra era explorada coletivamente.
No final do Período Homérico, o crescimento populacional, a falta de terras produtivas e consequentemente de alimentos gerou conflitos violentos no interior dos genos. Decidiram dividir as terras conforme o grau de parentesco, ou seja, quanto mais próximo do patriarca, maior e melhor era a herança territorial. Os mais afastados ficaram sem terras, trabalhando como escravos, no artesanato ou na terra para os grandes proprietários. Surge então, a propriedade privada e a sociedade de classes na Grécia.

Período Arcaico (século VIII ao VI a.C.)

  O surgimento da pólis: com a desagregação dos genos, começaram a se formar as cidades-estados (as pólis). Os genos uniram-se, formando as frátrias, que se agruparam dando origem às tribos.
 Em geral, as cidades-estados eram construídas nos lugares mais altos da região, tendo em seu centro a Acrópole, refúgio e santuário rodeado de muralhas.

Acrópole

  Sua economia era autossuficiente e cada cidade-estado era governada por um rei, o basileus, auxiliado por um conselho formado por representantes da aristocracia e uma assembleia popular composta pelos cidadãos, aqueles que tinham direitos políticos.
  As principais cidades-estados foram Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, Argos, Olímpia, Mégara e Mileto.
  Apesar da autonomia das polis, as cidades gregas mantinham certa unidade, baseada na língua, na religião e nas festas esportivas. Dentre as festas esportivas, destacam-se as Olimpíadas, realizadas a cada quatro anos, sendo proibidas as guerras entre as pólis durante sua realização, como homenagem ao deus Zeus.

  Colonização Grega

  A concentração do poder territorial nas mãos de poucos e a desigualdade social fez com que milhares de gregos, durante os séculos VII e VI a.C., fundassem colônias nas costas dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro.
  Embora, as colônias gregas fossem independentes de suas cidades-estados de origem, mantinham com elas ligações comerciais e religiosas.
  As principais colônias eram Bizâncio, Tarento, Síbaris, Crotona, Nápoles, Cuma, Siracusa, Agrigento, Nice, Marselha e Málaga.

Período Clássico (século VI ao IV a.C.)

 Foi um período de grandes transformações, economicamente e culturalmente. Porém, de prolongadas guerras, como as Guerras Médicas (492-479 a.C.), e a Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.).
  Guerras Médicas (ou greco-persas): o rei persa Dario e depois seu filho Xerxes tentaram conquistar as cidades gregas, mas enfrentaram dura resistência, sendo derrotados. Principais batalhas: Maratona (490 a.C.), Salamina (480 a.C.) e Platéia (479 a.C.).
Por causa do seu destaque na guerra contra os persas, Atenas tornou-se a mais importante cidade grega. Fundou a Liga de Delos, para proteger a Grécia contra possíveis ataques externos. Com o tempo, transformou-se no centro de um grande império comercial e marítimo. Muitas cidades começaram a se revoltar contra o imperialismo ateniense, entre elas a líder Esparta.
  Guerra do Peloponeso: a luta entre Esparta e Atenas foi causada por diferenças de regime político, de economia, de tipo de força militar e de cultura.
  Esparta fundou a Liga do Peloponeso e liderou um conjunto de cidades contra o domínio de Atenas. Depois de 27 anos de luta, Atenas foi derrotada e submeteu-se a Esparta. A vitória de Esparta significou a manutenção da fragmentação política da Grécia, e o domínio dessa cidade sobre o mundo grego por 30 anos.
  Sob a liderança de Tebas, diversas cidades gregas revoltaram-se contra Esparta. Depois de vencer os espartanos, Tebas manteve a hegemonia entre os gregos de 371 a 362 a.C.

Período Helenístico (século IV ao I a.C.)

  Aproveitando a decadência dos gregos, o rei Filipe da Macedônia conquistou a Grécia, na Batalha de Queronéia (338 a.C.).
  Com a morte de Filipe, seu filho Alexandre assumiu o trono e deu prosseguimento à expansão militar dos macedônios.
  Com a fusão entre a cultura oriental e a cultura grega, provocada pela política expansionista de Alexandre Magno, duas importantes filosofias surgiram nesta época: o estoicismo de Zenon, que pregava a resignação do homem frente a seu destino e a igualdade entre os seres humanos.
  A outra corrente filosófica era o epicurismo, que valorizava o prazer intelectual e a serenidade da alma, estado que o homem atingia ao perder o medo do sobrenatural.
  A ciência desenvolveu-se na astronomia, matemática e medicina.

·         Aristarco de Samos deduziu que a Terra e os outros planetas giram em torno do Sol.
·         Hiparco elaborou o mapa do céu mais perfeito da Antigüidade.
·         Euclides avançou na geometria.
·         Arquimedes foi um notável matemático.
·         Herófilo dissecava cadáveres e elaborou uma descrição minuciosa do cérebro.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Absolutismo - 2ºs Anos


Absolutismo

Podemos definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XV ao XVIII ). No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.

Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.

Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Esta tinha pouco poder político para exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.



Exemplos de alguns reis deste período

Henrique VIII - Dinastia Tudor : governou a Inglaterra no século XVII

Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII

Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715.

Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.



Teóricos do Absolutismo

Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. Abaixo alguns exemplos:

Jacques Bossuet

Para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.

Nicolau Maquiavel

Escreveu um livro, " O Príncipe", onde defendia o poder dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase : " Os fins justificam os meios."

Thomas Hobbes

Este pensador inglês, autor do livro " O Leviatã ", defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.



Mercantilismo

Podemos definir o mercantilismo como sendo a política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um rei, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional.

Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista:



Metalismo

O ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.



Industrialização

O governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.



Protecionismo Alfandegário

Os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.



Pacto Colonial

As colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.



Balança Comercial Favorável

O esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.

domingo, 8 de abril de 2012

Atividade para nota - 2º anos - 1º Bimestre

1) Observe a charge e responda as questões:

a) Explique visão etnocêntrica dos romanos acerca do conceito contruído pelos próprios romanos do que eles denominaram "povos bárbaros"
b) Qual o significado do termo "barbaridade" nos dias atuais fazendo uma reflexão sobre como o esta palavra guarda uma relação com o passado?

2) Leia o trecho e responda as questões abaixo:
"O sistema feudal era fundamentalmente agrário, tendo dessa forma a terra como base de toda a sua economia. A propriedade da terra era unicamente reservada aos senhores feudais, que por sua vez exerciam poder total sobre suas propriedades: eles faziam as leis, concediam privilégios, administravam a justiça, declaravam guerra, assinavam a paz.

A extensão de terra pertencente ao senhor feudal recebia o nome Feudo. No interior de um Feudo coexistiam três formas de uso e posse da terra. "
a) Quais eram as classes sociais que se antagonizavam durante a Idade Média?
b) Defina e caracterize o modo de produção feudal.
3) Leia o trecho e assista ao vídeo e responda a questão: (Vale 2,0 pontos)
"A alma de uma mulher e a alma de uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa.” (Arnaud Laufre).

“Toda mulher se regozija de pensar no pecado e de vivê-lo.” (Bernard de Molas).
“Quem bate numa mulher com uma almofada, pensa aleijá-la e não lhe faz nada” (Provérbio da época).
Na época, buscava-se justificar o desprezo dos homens pelas mulheres de todas as formas. Para os pensadores da época, a palavra latina que designava o sexo masculino, Vir, lembrava-lhes Virtus, isto é, força, retidão. Enquanto Mulier, o termo que designava o sexo feminino lembrava Mollitia, relacionada à fraqueza, à flexibilidade, à simulação.

Aos homens, pais ou maridos cabia o direito de castigá-las como uma criança, um doméstico, um escravo. Este desdém revela ao mesmo tempo desconfiança e temor. Os homens receavam o adultério por parte da esposa. Temiam que lhes oferecessem certos filtros mágicos que os levassem a impotência. Esterilidade, esta, que assustava os homens




a) Explique em que medida o vídeo e o trecho dialogam sobre a violência contra a mulher na Idade Média e nos dias atuais.
4) Leia o trecho e responda as questões:

“A sociedade dos fiéis forma um só corpo; mas o Estado tem três corpos: com efeito, os nobres e os servos se regem pelo mesmo estatuto. (...) Uns são guerreiros, protetores das Igrejas; são os defensores do povo, tanto dos grandes como dos pequenos. (...) A outra classe é a dos servos: esta desgraçada raça nada possui senão à custa de sofrimento. Dinheiro, vestuário, alimento, tudo os servos fornecem a toda a gente; nem um só homem livre poderia subsistir sem os servos. (...) O senhor é alimentado pelo servo, ele, que pretende alimentá-lo.(...)

A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem, e outros, enfim, trabalham. (...) Os serviços prestados por uma das partes são a condição da obra das outras duas; e cada uma, por sua vez, se encarrega de aliviar o todo. (...) É assim que a lei tem podido triunfar e que o mundo tem podido gozar de paz.”
a) Explique a sociedade estamental.
b) Como a visão teocêntrica explica e define os papéis dos atores sociais?
 5) Observe a imagem e responda as questões:

a) Explique os papéis do suserano e vassalo
b) Qual era a função deste tipo de relação baseada e princípios de lealdade e fidelidade?

Atividade - 2ºs Anos - EE Prof. Caetano Miele

1) Observe a charge e responda as questões:


a) Em que medida a charge traduz uma certa visão construída pelos romanos acerca dos chamados "povos bárbaros"?

2) Leia o trecho e responda as questões:

"A propriedade da terra era unicamente reservada aos senhores feudais, que por sua vez exerciam poder total sobre suas propriedades: eles faziam as leis, concediam privilégios, administravam a justiça, declaravam guerra, assinavam a paz. "

a) Explique as características fundamentais do modo de produção feudal.

3) Leia os trechos e responda as questões:

“A alma de uma mulher e a alma de uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa.” (Arnaud Laufre).


“Toda mulher se regozija de pensar no pecado e de vivê-lo.” (Bernard de Molas).

“Quem bate numa mulher com uma almofada, pensa aleijá-la e não lhe faz nada” (Provérbio da época).

quarta-feira, 28 de março de 2012

Atenção - Alunos do Guilherme de Almeida - 6ªs Séries Assistam esse vídeo

Aos alunos do 3º ano - Caetano Miele

No início do século XX a Rússia era um país pobre e atrasado tecnologicamente. Era conhecida como o "celeiro" da Europa, por apenas exportar cereais para todo o Velho Continente. 80% de sua população economicamente ativa vivia no campo, em muitas regiões sequer se conhecia o arado. Os camponeses viviam na miséria. Trabalhavam, com a temperatura em torno de -25oC, com roupas de trapo e bota de papelão, enquanto o czar vivia acalentado luxuosamente.




O povo não agüentava mais e, em janeiro de 1905, os mujiques (camponeses), operários e demais pessoas da comunidade organizaram uma passeata em São Petesburgo, liderados pelo padre Gapon, da Igreja Ortodoxa Russa. Nessa passeata levariam ao czar Nicolau II um documento clamando por alguns direitos sociais e contando ao querido czar a situação do povo russo.



Acreditavam que Nicolau II não sabia que o povo russo passava fome e vivia na miséria e que, quando lesse a carta, ele livrar-se-ia dos assessores maus e os ajudaria. Nesse clima de paz crianças, mães com filhos no colo e homens humildes iam, calmamente, cantando músicas religiosas, em direção ao czar. Porém, este, ao ver o povão reunido, considerando isso uma insolência, não quis nem saber de conversa e ordenou aos cossacos, tropa de soldados imperial, o imediato extermínio de todos. Os cossacos se postaram e, ao grito de permissão para atirar, coloriram de vermelho a branca neve que pisavam.



A cavalaria completou o massacre cegando, com furos no olhos, as crianças e mutilando o ventre das mulheres grávidas. Gigantescas valas foram abertas para despejar os corpos, que eram removidos por dezenas de caminhões. Milhares morreram cruelmente, porém os ricos da Rússia não tiveram seu dinheiro e privilégios abalados. Esse foi considerado o "Ensaio Geral" para a Revolução Russa de 1917.



Veio a Primeira Guerra Mundial e a situação de miséria da Rússia piorou ainda mais. Fome, epidemias e a prática de violências provocada pela miséria espalharam-se por todos o país. As passeatas contra Nicolau II multiplicavam-se e suas tropas, cansadas da guerra provocada pelos ricos e por seus interesses, desertava em número cada vez maior, e tomavam o lado do povo. A situação tornara-se insustentável.



Em 8 de março de 1917 (27 de fevereiro no antigo calendário russo) o czar foi derrubado. Instaurou-se um governo provisório comandando pela burguesia russa, classe social mais bem organizada no momento. Foram abolidas a censura à imprensa e a pena de morte aos que praticassem crimes políticos. Todos os partidos tiveram direito de manifestação. Porém, em julho, o governo provisório, então liderado por Lvov, tentou reprimir manifestações bolcheviques e acabou caindo. Seu substituto foi Alexander Kerenski.



No entanto, os imperialistas anglo-franceses não estavam gostando muito dessa revolução. Tinham, entre outros, medo de que a Rússia saísse da guerra. Então apoiaram o general Kornilov numa tentativa de golpe de Estado para instituir uma ditadura de extrema-direita. Kerenski, apoiados pelos bolcheviques, que consideravam uma ditadura ainda pior que o já ruim governo provisório, permaneceu no poder.



Mas Lênin, que havia retornado à Rússia em abril, aproveitou para organizar a sua tomada do poder. Apoiado por Trotsky, Lênin dizia que o governo provisório era um instrumento de dominação da burguesia. E na noite de 6 para 7 de novembro de 1917 as forças bolcheviques, constituídas por soldados e operários armados tomaram o poder. Lênin logo tirou a Rússia da guerra através da assinatura do tratado de Brest-Litóvski. Além disso Lênin rapidamente eliminou os latifúndios, decretou o controle operário sobre as fábricas, declarou o monopólio estatal do sistema financeiro, do sistema de crédito e das exportações. Estava formado o primeiro estado socialista.



Nesse momento, Lênin diz que a Rússia revolucionária socialista não reconhece nenhuma dívida contraída pelos governos anteriores => "Calote Mundial". Ela deu o calote, se fecha, mas se torna auto-suficiente.

Com relação à Paz, Lênin vai chamar os alemães e vai tirar a Rússia da guerra através do Tratado de Brest-Litovsk. Tudo que os alemães pediram, o Lênin deu, pois este havia prometido paz ao povo.



Fases da Revolução Russa

Começa a Comunismo de Guerra (1918/22): os boiardos e os kulacs vão ser obrigados a deixarem suas terras => a partir de 1917 começa a reforma agrária e todas as terras vão pertencer ao Estado Russo => é o socialismo marxista. Mas, eles não vão aceitar de início, então: "A força é parteira de toda sociedade grávida de uma nova sociedade" => para que essa nova ordem apareça, será necessário fazer uma matança: de 1918 a 22 foram mortos 22 milhões de russos que resistiram à entrega de terras. Eram russos socialistas (vermelhos) contra russos capitalistas (brancos).



Ao mesmo tempo que isso acontece, os países que perderam seus investimentos (EUA, Inglaterra, França) não vão permitir que tudo aconteça pacificamente => vão tentar invadir a Rússia e esta não pode permitir => ocorre uma grande Guerra Civil (com 22 milhões de mortos) e uma grande desorganização da produção. Nessa guerra, as potências aliadas apoiaram os brancos e essa guerra só vai terminar em 1921 com a vitória dos vermelhos.



Lênin, que decretou o fim da propriedade privada, está numa situação difícil => fez a socialização total dos meios de produção e isso gerou confusão: ninguém sabe a quem pertence a terra, quem produz na terra e para onde vai essa produção. Aí, ele discute com Trotsky sobre o que deveria ser feito, a idéia foi de que deveria-se recriar a pequena propriedade privada, enquanto as grandes fazendas continuariam sendo organizadas sob o molde socialista. Esta estratégia foi chamada de Nova Política Econômica (NEP - 1922/28), era algo muito arriscado => Lênin havia matado 22 milhões de habitantes, mas como tinha errado, recriou a pequena propriedade. Na hora de explicar, ele vai dizer que a NEP era "um passo atrás, para dar dois passos à frente" => o passo atrás é a recriação e os 2 passos adiante é que depois de organizada a economia, seria possível realizar a socialização completa e a total planificação da economia. De 1922 até 28, a NEP funcionou 100%. Em 1928, já organizada a produção nas grandes fazendas, Stálin (Lênin já tinha morrido) decreta a socialização completa, então volta a haver todas as propriedades pertencendo ao Estado.



Quando isso acontece, surgem os chamados Planos Qüinqüenais (1928/89) => numa economia planificada (planejada), estabelece-se um período, no caso 5 anos, onde varias metas de produção (desde a indústria até a agricultura) deveriam ser atingidas. Como a Rússia era um país mal organizado, existiam vários espaços dentro desta que ainda não tinham sido ocupados pela economia, então os primeiros planos vão ocupar totalmente esses espaços que ainda existiam. Foi por causa desses espaços que os primeiros planos tiveram sucesso absoluto (aumento de 100% do PIB em 5 anos). Depois que essas áreas forem ocupadas, a União Soviética deixa de crescer.



LÍDERES :



Lênin (1917/24): era o pai da revolução Russa, era marxista (marxista leninista - tentou implantar sua forma de fazer marxismo. Ele é um intelectual. Vai ter um adversário: Trotsky, também era intelectual e existia um menos intelectual (Stálin). Enquanto os outros 2 não davam valor a Stálin, este foi construindo uma máquina política, dentro do Estado Soviético, muito forte => ele vai ser secretário geral do Partido Comunista Soviético e isso vai lhe dar muito poder, logo ele já estaria fazendo uma polícia secreta soviética, a KGB.



Lênin tem um derrame em 1924 e fica parcialmente paralisado. Ele tem medo de Stálin porque este é meio paranóico (louco, esquizofrênico), ele acha que as pessoas o perseguem e, além disso, era muito violento. Com isso, Lênin escreve um bilhete para Trotsky dizendo que era para não deixar Stálin assumir o poder. Mas, como Stálin tinha uma rede de espiões, esse bilhete foi interceptado, aí ele vai visitar Lênin e minutos depois este morre.



Aí sobram Trotsky e Stálin. Trotsky achava que deveriam levar a revolução para fora da União Soviética (estava isolada do resto do mundo através da Política do Cordão Sanitário), implantar o socialismo em todo o mundo. Já Stálin dizia que isso era impossível, pois se tentassem fazer isso, eles "dariam o troco" e a URSS desapareceria.



Com a disputa, Stálin se irrita e expulsa Trotsky da URSS (1929) que sabe que vai morrer, então foge para o México e, lá, em 1940 a KGB descobre-o e mata-o.



Com essa esquizofrenia, Stálin conseguiu eliminar toda a oposição e é por isso que conseguiu governar tanto tempo (1924/53). Todas as pessoas que começavam a ter poder, Stálin o matava => ele acusava a pessoa de contra-revolucionária, traidora e capitalista; obrigava a pessoa a assinar uma declaração (para que a família inteira não fosse morta) e em seguida esta morria. Quando ele morrer, já vão ter morrido 45 milhões de mortos sob o seu governo. Mas, em compensação, é o seu exército vermelho que vai matar Hitler.



Quando Stálin assumiu (1924), a URSS era um país super atrasado e quando ele morrer (1953), ela já vai ser uma super-potência nuclear.



A única pessoa que vai sobrar será seu secretário Nikita Kruchev. Ele só sobrevive porque era feio, gordo, ridículo, careca e desajeitado => não representava uma ameaça.



** Relação entre 1.ª GM e Revolução Russa: a Rússia, entrando no conflito, agravou seus problemas internos (pobreza, miséria, etc.) e as perdas da Rússia na I GM foram muito grandes, então a entrada dela no conflito fez com que o processo revolucionário fosse deflagrado. As duas acontecem ao mesmo tempo e a Rússia só sai da I GM quando Lênin chega ao poder.



** Comunismo de Guerra e NEP: a propriedade privada foi extinta, os russos proprietários se negam a vender a propriedade, então começa uma guerra civil. Na guerra civil, França, Inglaterra e Estados Unidos tentam invadir a Rússia porque tinham investimentos (empréstimos) que não poderiam ser perdidos, então eles vão tentar apoiar os russos brancos (capitalistas); nesse conflito morrem 22 milhões de pessoas. Ocorre uma grande desorganização, aí Lênin pára tudo, impede a invasão e cria a fase da NEP (Nova Política Econômica) que visa reconstruir a União Soviética, reconstituindo as pequenas propriedades (vão produzir em ritmo capitalista, suprindo a necessidade da população) e organizando as grandes. Quando as grandes já estiverem organizadas pelo Estado, extingue-se as pequenas e tudo passa a ser do governo: ocorre a planificação total. A NEP foi um passo atrás (recriação das pequenas propriedades privadas) para dar dois passos à frente (houve a organização, planificação e posterior desenvolvimento).



A Rússia é um país enorme, que tem uma população de 176 milhões de habitantes (a soma da população da Alemanha, França e Inglaterra não chega nem na metade da Rússia).



Apesar de grande, é um país muito pobre, é agrícola, produz principalmente o trigo. Possui enormes latifúndios nas mãos de homens chamados Boiardos (são aristocratas russos). Os boiardos eram aliados do imperador russo que tem o título de Czar. Trabalhando nas terras dos boiardos, tem os Mujiques (camponeses - muito pobres). Existem pequenas propriedades, pequenos comerciantes, uma espécie de burguesia agrária chamada de Kulacs. Esses 3 se odeiam - há uma grave pressão social dentro do país, muita pobreza.



Quem governa a Rússia, pertence à dinastia dos Romanov. O imperador que está no poder e pertence a essa família é chamado de Nicolau II (nunca se interessou pelo governo porque assumiu o trono muito novo).



Em 1905 ocorre o Ensaio Geral: os mujiques foram para o Palácio (onde hoje é a Praça Vermelha) pedir para o imperador dar comida a eles e este manda o exército matar todo mundo. Começa uma grande revolta e nesse momento um navio: o encouraçado Potemquin começa também a fazer movimentos. Tem esse nome porque acontece a mesma coisa em 1917. O Ensaio Geral não deu certo porque boiardos e kulacs fizeram um acordo e o imperador volta a ter poderes => não foi possível realizar a revolução burguesa russa.



Para piorar a situação, Nicolau II resolve entrar na 1.ª Guerra Mundial. De cada 20 soldados que morrem na guerra, 8 são russos. Isso significa que o russo não estava preparado para o conflito, mas o imperador não se preocupa. Nesse momento em que morriam muitos russos, a burguesia (kulacs) mais uma população de esquerda (marxista), acabou formando um pacto e resolvem derrubar o imperador. Acontece então, uma revolução burguesa que é chamada de Revolução Menchevique (minoria). Ela vai ser dirigida por Kerensky. Isso acontece em março de 1917. Tudo que os burgueses prometeram (terras, comida, tirar a Rússia da guerra) não foi cumprido.



Então, em outubro (novembro no nosso calendário) de 1917, acontece uma segunda revolução. É a Revolução Bolchevique (maioria). Existe um homem chamado Lênin que é o líder da revolução e promove o lema: "Paz, Terra e Pão" => Paz (saída da Rússia da Guerra), Terra (Reforma Agrária) e Pão (comida para todo mundo) => vai ter um amplo sucesso de adesão aos seus princípios. Outro lema de Lênin é: "Todo poder aos sovietes". Sovietes são assembléias populares formadas por soldados, camponeses e proletariado.



CONCEITO GERAL:

Movimento social ocorrido na Rússia em 1917 que levou ao poder pela 1ª vez na história a classe operaria implantando o socialismo de Karl Mark.



Características Gerais:



Causas:

Empobrecimento do povo russo notadamente no campo

Fome, gravíssimas injustiças sociais

Abraso tecnológico e militar

Entrada da Rússia na 1ª guerra mundial e as sucessivas derrotas

O fraco poder da Duma

A criação do soviets

A Revolução de fevereiro de 1917 se mostrou ineficaz

A divisão do movimento operário russo em mecheviques e bolcheviques



Principais acontecimentos e características:

Lênin defende em abril todo poder aos soviets e paz, terra e pão

Trotsky organiza o exercito vermelho

Os bolcheviques tomam o poder a 25 de outubro

O comunismo de guerra bolcheviques X brancos

A saída da Rússia da 1ª Guerra Mundial (Brest-Litovsk)

A NEP doses de capitalismo no socialismo

A morte de Lênin e o confronto Stalin X Trotsky

Criação dos planos qüinqüenais Stalin o consolidador da URSS e “traidor” da causa socialista

Guerra fria

Decadencia

Glasnort e a Perestroika

Fim da URSS



Conseqüências:

Fortalecimento dos movimentos operários em todo mundo inclusive no Brasil Criação de partidos comunistas em todo mundo inclusive no Brasil (1922) Implantação do socialismo na China e em outros paises do mundo Criação por parte da burguesia da idéia do perigo vermelho em todo mundo Tentativa em varias partes do mundo da implantação de governos socialistas

Para os alunos da EE Caetano Miele - 2º Ano

Reforma Protestante



A Reforma Protestante foi um movimento de caráter religioso que marcou a passagem do mundo medieval para o moderno. Entre um dos fatores de grande relevância que assinalaram esse período de transformações podemos destacar o novo contexto econômico do período. No ambiente das cidades, os comerciantes burgueses eram malvistos pela Igreja. Segundo os clérigos, a prática da usura (empréstimo de dinheiro a juro) feria o sagrado controle que Deus tinha sobre o tempo.

Além dos comerciantes, a própria crise econômica feudal também instigou a população a questionar os dogmas impostos pela Igreja. Os clérigos estavam muito mais próximos das questões materiais envolvendo o poder político e a posse de terras, do que preocupados com as mazelas sofridas pela população camponesa. Um dos mais claros reflexos dessa situação pôde ser notado com o relaxamento dos costumes que incitava padres, bispos e cardeais a não cumprirem seus votos religiosos.

Já no século XII apareceram os primeiros movimentos que questionavam as crenças e práticas do catolicismo. Entre outras manifestações, podemos destacar o papel exercido pelos cátaros, originários da região sul da França. Naquela região as distinções culturais históricas propiciaram a ascendência de uma fé cristã à parte dos ditames da Igreja Católica. Realizando uma leitura própria do texto, os cátaros tinham valores morais bastante rígidos que se contrastava com o comportamento dos líderes clericais.

No século posterior, vendo a grande presença do movimento religioso, o papa Inocêncio III ordenou a realização de uma cruzada que – entre 1209 e 1229 – aniquilou o movimento cátaro. Além disso, as acusações de feitiçaria eram bastante corriqueiras entre indivíduos considerados suspeitos ou infiéis. Já na Idade Média, a Igreja criou o Tribunal da Santa Inquisição que percorria diversas regiões da Europa, reprimindo aqueles que ameaçassem seu poderio religioso e ideológico.

Outros intelectuais, nos séculos XIV e XV, também indicavam como os valores absolutos da Igreja já não tinham a mesma força mediante as transformações históricas experimentadas. O inglês John Wycliffe (1330 – 138) redigiu alguns ensaios onde denunciava as ações corruptas da Igreja e defendia a salvação espiritual por meio da fé. Em certa medida, as teorias lançadas por esse pensador viriam a influenciar as obras de Martinho Lutero, no século XVI.

Jan Huss (1370 – 1415) foi um padre que se preocupou em traduzir o texto bíblico em outras línguas e denunciou o comportamento dos clérigos católicos. A pregação por ele empreendida, ao longo da Boêmia, motivou a violenta reação das autoridades do Sacro-Império Germânico que ordenaram sua morte pela fogueira. A morte de Huss deu origem a um movimento popular conhecido como hussismo. A grande maioria de seus integrantes eram camponeses pobres insatisfeitos com sua condição de vida.

O movimento renascentista também deu passos importantes no questionamento do papel exercido pela Igreja Católica. A teoria empirista de Francis Bacon; o heliocentrismo defendido por Nicolau Copérnico; e a física newtoniana descentralizou o monopólio intelectual da Igreja. O conhecimento gerado por esses e outros indivíduos lançava a idéia de que o homem não necessitava da chancela de uma instituição que o concedesse o direito de conhecer a Deus ou o mundo.

Dessa maneira, se formou todo um histórico de tentativas e fatos que antecederam a consolidação do movimento reformista. Mesmo sofrendo diferentes ofensivas ao longo do tempo, a Igreja ainda conservou um conjunto de práticas que complicavam a estabilidade do poder clerical. A venda de indulgências, a negociação de cargos eclesiásticos e a vida amoral ainda foram questões que incentivaram o aparecimento das novas religiões protestantes.



Reforma Luterana



A Reforma Luterana promoveu a criação de uma nova denominação cristã na Europa.

Martinho Lutero era um professor de teologia pertencente à ordem agostiniana que viveu na cidade de Wittenberg, na região do Sacro Império Germânico. Durante os seus estudos, ele foi fortemente influenciado pelas obras de Jan Huss, São Paulo e Santo Agostinho. Nessa trajetória de estudos teológicos, Lutero acabou formulando um conjunto de idéias que iam contra muitos dos princípios estabelecidos pela igreja romana.

No ano de 1517, insatisfeito com a situação da Igreja de sua época, publicou na porta da catedral de Wittenberg as suas 95 teses. Entre outros pontos estabelecidos por esse documento, Lutero criticava a venda de indulgências e a negociação de cargos eclesiásticos feitas pela Santa Igreja. Além disso, Lutero estipulava uma nova forma de relação religiosa onde, entre outras coisas, afirmava-se que o indivíduo obtinha a salvação pela fé, e não pelos seus atos.

Os princípios defendidos pelo pensamento luterano acabaram tendo grande força no interior do Sacro Império Germânico. Entre a nobreza havia uma grande tendência de oposição contra o poderio eclesiástico. O Sacro Império era controlado por meio de um processo eletivo entre os principais proprietários de terra da região. A Igreja, sendo uma grande proprietária de terras, tinha grande poder de interferência nas questões políticas do Sacro Império.

Essa questão do poder político dos clérigos influía em diferentes grupos sociais da época. Os nobres tinham interesse em se apoderar das terras da Igreja. Ao mesmo tempo, a burguesia local procurava reduzir o pagamento de impostos devidos aos eclesiásticos. A classe campesina também viu nesse episódio de confrontação uma grande oportunidade de reverter sua situação de penúria e subordinação, muitas vezes aprofundada ou legitimada pelo discurso da Igreja.

Por coincidência, a publicação das idéias de Lutero aconteceu no mesmo período em que o papa Leão X organizou uma venda de indulgências em massa. Segundo um documento da Santa Sé, todo o fiel que contribuísse na construção da catedral de São Pedro teria todos os seus pecados perdoados. Lutero, motivado por esse exemplo flagrante de cobiça entre os eclesiásticos, não se curvou mediante a exigência de retratação imposta pelos líderes da Igreja.

No ano de 1520, Martinho Lutero foi excomungado e logo em seguida julgado por uma reunião entre os principies alemães realizada durante a chamada Dieta de Worms. A oposição dos membros religiosos contou com a resistência de boa parte dos principies alemães, que refugiaram Lutero no castelo de Wartburg. Nesse período, o monge excomungado se dedicou à produção de nobres obras teológicas e a tradução da Bíblia para a língua germânica.

A diferença de interesse por de trás da nova fé pregada por Lutero foi percebida quando um grande número de camponeses começou a invadir terras e destruir igrejas. Os revoltosos, também conhecidos como anabatistas, começaram a empreender uma revolução social que ameaçava os interesses dos nobres germânicos. Martinho Lutero não deu apoio ao movimento popular e defendeu o direito de propriedade dos nobres e dos clérigos.

O clima de tensão começou a ser revertido quando, em 1530, Martinho Lutero e Filipe Melanchthon estabeleceram os princípios da religião luterana. Nesta carta, reafirmaram o princípio da salvação pela fé e afirmavam que a Bíblia era a única fonte de consulta para o estabelecimento de dogmas. A nova Igreja seria composta por líderes sem distinção hierárquica e os mesmos não teriam que cumprir voto de castidade.

Depois de fundar os princípios eclesiásticos do luteranismo, a questão dos conflitos sociais veio a ser resolvida anos mais tarde. No ano de 1555, os nobres convertidos ao luteranismo sagraram a assinatura da Paz de Augsburg. No documento ficou decretado que cada um dos principies alemães tinha liberdade para seguir qualquer opção religiosa. Por fim, os conflitos diminuíram e uma nova crença se arraigou na Europa.



Reforma Calvinista



O movimento reformista ganhou força em diferentes partes de uma Europa em intensa transformação. Na Suíça, a burguesia tinha grande influência nas cidades-república de Genebra, Zurique, Basiléia e Berna. No entanto, o poderio econômico dessa nova classe social era tolhido pelos poderes políticos preservados nas mãos dos clérigos que administravam esses mesmos centros urbanos.

Foi nesse contexto que, no início do século XVI, o padre Huldrych Zwingli começou a se aproximar das idéias defendidas por Martinho Lutero. Durante sua vida, o padre humanista teve grande atuação entre os populares que sofreram com o surto de peste bubônica que assolou as ruas de Zurique. Essa experiência vivida pelo clérigo o alertou para a reforma do catolicismo defendendo um tipo de experiência religiosa mais simples e atuante.

Por iniciativa própria, Zwingli se envolveu em um movimento reformista que defendia a predestinação absoluta e criticava a confissão religiosa nas igrejas. No ano de 1531, Zwingli tentou aproximar sua nova perspectiva religiosa dos grupos conservadores da Suíça. Sua tentativa de mudança criou uma guerra civil que provocou a morte do líder religioso. Mesmo sendo morto, seu esforço resultou na assinatura da Paz de Kappel, que permitiu a liberdade religiosa no interior da Suíça.

A onda reformista atingiu a Suíça como um todo. Na cidade de Genebra, os habitantes conseguiram destituir o poder político dos nobres e clérigos. Nessa mesma cidade, o teólogo francês João Calvino (1509 – 1564) empreendeu uma nova compreensão dos princípios religiosos defendidos por Martinho Lutero. Na obra “Instituições da religião cristã”, Calvino defendeu diversos princípios do pensamento luterano e reforçou a Teoria da Predestinação Absoluta.



Entre outras idéias, o pensamento calvinista defendia princípios morais bastante rígidos e via no trabalho e na poupança duas virtudes a serem valorizadas pelo verdadeiro cristão. A valorização do trabalho e a contenção dos lucros foram princípios que atraiam vários representantes da burguesia suíça. Em pouco tempo, Calvino conseguiu uma vertiginosa ascensão política e religiosa que o concedeu o controle da nova Igreja e do governo suíço.

Segundo os pesquisadores da temática religiosa, as idéias do calvinismo foram de suma importância para que o sistema capitalista se desenvolvesse. A idéia de trabalho árduo e acúmulo de capitais, rechaçados por essa nova denominação, impulsionaram o desenvolvimento dos negócios e dos novos empreendimentos comerciais. Nesse mesmo período, o calvinismo ganhou força na Inglaterra, na Escócia, na Holanda e na França.

Ao contrário dos primeiros movimentos protestantes que tomaram conta da Europa no século XVI, o anglicanismo surgiu em torno de questões que envolviam diretamente os interesses da monarquia britânica. A monarquia Tudor, que na época controlava o trono inglês, buscava meios para reforçar a autoridade real frente à forte influência das autoridades eclesiásticas. Tal disputa se sustentava principalmente no fato da Igreja ter em mãos uma grande extensão de terras sob o seu controle.



Reforma Anglicana



Na Inglaterra, o rei Henrique VIII (1491 – 1547) teve grande importância na consolidação da reforma religiosa. Henrique VIII e a Igreja já tinham uma relação pouco harmoniosa quando, no ano de 1527, o rei inglês exigiu que o papa anulasse seu casamento com a rainha espanhola Catarina de Aragão. Henrique VIII alegava que sua esposa não teve condições para lhe oferecer um herdeiro forte e saudável que desse continuidade à sua dinastia.

O papa Clemente VII resolveu não atender as súplicas do monarca britânico. Isso porque o tio de Catarina de Aragão, o rei Carlos V, estava auxiliando a Igreja contra o avanço dos luteranos no Sacro Império Romano Germânico. Inconformado com a indiferença papal, Henrique VIII obrigou o Parlamento britânico a votar uma série de leis que colocavam a Igreja sob o controle do Estado. No ano de 1534, o chamado Ato de Supremacia criou a Igreja Anglicana.

Segundo os ditames da nova Igreja, o rei da Inglaterra teria o poder de nomear os cargos eclesiásticos e seria considerado o principal mandatário religioso. A partir dessa nova medida, Henrique VIII casou-se com a jovem Ana Bolena. Além disso, realizou a expropriação e a venda dos feudos pertencentes aos clérigos católicos. Essa medida fez com que os nobres, fazendeiros e a burguesia mercantil passassem a exercer maior influência política.

No governo de Elizabeth I (1533 – 1603), novas medidas foram tomadas para reafirmar o poder da Igreja Anglicana. Alguns dos traços do protestantismo foram incorporados a uma hierarquia e uma tradição litúrgica ainda muito próximas às do catolicismo. Essa medida visava minimizar a possibilidade de um conflito religioso que desestabilizasse a sociedade britânica. No seu governo foi assinado o Segundo Ato de Supremacia, que reafirmou a autonomia religiosa da Inglaterra frente à Igreja Católica



Contrarreforma



O movimento reformista católico, também conhecido como Contra-Reforma, se desenvolveu desde a Idade Média quando os clérigos já percebiam a necessidade de uma revisão nas práticas eclesiásticas. No entanto, a tomada de ações mais incisivas contra a fragmentação do poder religioso só se desenvolveram com o aparecimento das religiões protestantes. Uma das primeiras medidas tomadas pela Igreja foi restabelecer o Tribunal do Santo Ofício, que atuou na Idade Média contra os movimentos heréticos.

Durante o mandato do papa Paulo III (1468 – 1549) foi organizado um dos mais importantes eventos da história católica: o Concílio de Trento. Essa reunião teve como principal objetivo buscar uma definição da Igreja frente ao estabelecimento das religiões protestantes. Após os debates foi definida a reafirmação dos dogmas católicos, a preservação de todos os atos litúrgicos, a confirmação da transubstanciação, do celibato e da hierarquia clerical.

Com relação à crise moral vivida no interior da Igreja, os participantes do Concílio reprovaram a venda de indulgências e incentivaram a criação de seminários teológicos responsáveis por aprimorar a formação religiosa dos futuros integrantes da Igreja. Em uma das reuniões realizadas pelos líderes católicos, ficou definido o “Index Librorum Proibitorum”, que consistia em uma relação de obras que não deveriam ser apreciadas pelos verdadeiros católicos cristãos.

Entre outros livros relacionados estavam o “Elogio da Loucura” (Erasmo de Roterdã), as traduções protestantes da Bíblia, as obras do italiano Boccaccio e o Livro da Oración (Frei Luís de Granada). Outra ação que marcou o movimento da Contra-Reforma foi a criação das ordens religiosas. A mais importante delas foi a Companhia de Jesus, criada pelo clérigo Inácio de Loyola, fundada em 1540. Seu papel foi de grande importância na conversão religiosa dos povos colonizados no continente americano.

A partir de então, a Igreja conseguiu fortalecer os seus laços e conter o galopante avanço da religião protestante. No entanto, o novo contexto de diversidade religiosa criou um mundo marcado por diferentes concepções de fé e vida. Dessa forma, a identidade do homem moderno se calcava em leque de possibilidades que, antes de tudo, realçava a sua individualidade e seu poder de escolha.

Apesar disso, podemos ver que a sensação de liberdade oferecida pelo próprio protestantismo foi combatida por seus líderes. A intolerância religiosa e o combate à bruxaria também foram responsáveis por um movim